Rituais

Batismo

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Contextualização do Ritual do Batismo:

No Batismo que recebeu das mãos de João, Jesus manifesta-Se como sendo Aquele que o profeta anunciara: o Servo de Deus, que desce à água no meio dos pecadores para inaugurar a obra da redenção que o Pai Lhe confiara, e, ao mesmo tempo, o Filho bem amado, sobre quem repousa o Espírito de Deus, para que Ele seja portador da Boa Nova da salvação a toda a Terra.

O Espírito Santo desceu sobre Jesus na hora do Batismo e ungiu-O para que Ele pudesse começar o seu ministério e, por Ele, os homens fossem também batizados não só na água, mas na água e no Espírito. A unção que o Espírito Santo confere a Jesus na hora do seu Batismo marca-O como "Messias", isto é, "Ungido", ou seja "Cristo", e, faz d'Ele a fonte da unção com que o mesmo Espírito marcará os "cristãos", os "ungidos", membros de Cristo, sua Cabeça.

O Batismo de Jesus inaugura a sua vida pública. Ao fazer-Se homem, Ele tornou-Se solidário com os homens. Por isso, não receou descer à água do Batismo no meio dos pecadores, mas para os elevar à dignidade de filhos de Deus. Estes dois aspectos estão bem claros no Batismo do Senhor. Jesus desce à água, o Pai apresenta-O como seu Filho, o Céu abre-se e o Espírito Santo desce sobre Ele. A pomba é apenas a imagem sob a qual o Espírito Se manifesta. A palavra do Pai revela, de maneira autêntica, o mistério e a missão de Jesus. O Batismo do Senhor é uma das grandes "epifanias" ou "manifestações" de Jesus.

O Batismo é o sacramento através do qual o Sacrifício Pascal de Jesus Cristo se aplica às almas, tornando-as, em primeiro lugar, filhos(as) de Deus Pai, mas também membros da Santa Igreja de Cristo e abrindo o caminho para a salvação eterna. O Batismo é um sacramento e o fundamento da comunhão entre todos os cristãos. Como tal vai permitir ao batizando receber a bênção e a graça de Deus. O Batismo não só é um sacramento de inclusão na Igreja, no Corpo Místico de Cristo, como também é imprescindível para a salvação. 

O Batismo perdoa o todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado. Possibilita aos batizados a participação na vida trinitária de Deus mediante a graça santificante e a incorporação em Cristo e na Igreja. Os apóstolos impunham as mãos e batizavam e conferiam as virtudes e dons do Espírito Santo. Uma vez batizado, o cristão é um filho de Deus e um membro da Igreja e também pertence para sempre a Cristo, se perseverar até ao fim em integridade.

A Igreja católica insiste no Batismo das crianças porque, "tendo estas nascido do pecado original, elas têm necessidade de ser libertadas do poder do Maligno e de ser transferidas para o reino da liberdade dos filhos de Deus".

Embora o Batismo seja fundamental para a salvação, os catecúmenos, todos aqueles que morrem por causa da fé (Batismo de sangue), todos os que sob o impulso da graça, sem conhecer Cristo e a Igreja, procuram sinceramente a Deus e se esforçam por cumprir a sua vontade (Batismo de desejo), conseguem obter a salvação sem serem batizados porque Cristo morreu para a salvação de todos. Quanto às crianças mortas sem serem batizadas, a Igreja na sua liturgia confia-as à misericórdia de Deus, que é ilimitada e infinita.

Mas afinal, qual a simbologia presente no rito do Batismo?

  • A água simboliza a purificação e lavagem da alma de todo o pecado, daí o seu derramamento sobre a cabeça do batizando. 
  • O batizando é também ungido com o óleo dos catecúmenos que serve para consagrar e marcar o cristão como pessoa sagrada, pertencente à família de Deus. Tal óleo é usado no Batismo, na confirmação e na ordenação sacerdotal. Ele "imprime caráter", ou seja, marca, sela para sempre; por isso, estes são sacramentos que não se repetem. Este óleo mostra que o batizando passa a estar revestido de Cristo, isto é, ele muda de vida, ou seja, morre para o mundo, e renasce para a vida em Jesus. Este uso do óleo reporta ao Antigo Testamento. Os hebreus em geral já se purificavam com água, um ritual comummente aceite por todos, incluindo os hebreus pagãos, de modo que, para se distinguirem, os hebreus seguidores de Cristo passaram a usar o óleo como símbolo da sua purificação no sangue de Cristo.
  • A vela que é entregue aos Padrinhos do batizando simboliza Cristo, a luz do mundo, na esperança de que Ele ilumine a criança e permita àqueles que a amam e a apoiam acompanhá-la na fé. Simboliza a ajuda que a Igreja deve fornecer ao seu novo membro para encontrar a sua própria luz no mundo. A luz foi o primeiro dom de Deus, a sua primeira criação. No Antigo Testamento era um símbolo da Fé, e com o advento de Jesus este simbolismo foi enriquecido com novos significados fundamentais na vida de um crente. "Eu sou a verdadeira luz", disse Jesus aos discípulos: "Vós sois a luz do mundo... a vossa luz deve resplandecer diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem o Pai que está nos céus." (Mt 5:16). Aqui, o compromisso dos padrinhos é muito sério porque eles devem substituir os pais, caso estes faltem, na parte material e espiritual, para que seus afilhados mantenham a fé cristã, daí que é de extrema relevância ponderar muito bem a escolha dos mesmos. 
  • A veste branca é usada durante o Batismo como símbolo da nova vida, da nova dignidade de que a pessoa batizada se reveste. Nos tempos antigos, os que eram batizados deviam usar uma roupa nova e branca antes de se unirem aos outros fiéis na Igreja. A veste branca exprime a pureza da alma tornada imaculada após o Batismo, isto é, a mudança profunda e a renovação interior que o sacramento trouxe àquele que o recebeu.

Através deste ritual, o batizando é lavado da mancha do pecado original (exorcismo) e é inserido na família cristã (através da unção), tornando-se um fortificado portador da chama acesa de Cristo no seu coração, a qual deverá, anunciar ao mundo assim for capaz de falar.

Matrimónio / Casamento

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Contextualização do Ritual do Matrimónio:

Todas as religiões deram um sentido sagrado à união do homem e da mulher, origem da vida e colaboração explícita com a obra criadora de Deus. No Antigo Testamento, o matrimónio foi visto a partir da perspectiva do amor de Javé a Israel, sua esposa. E no Novo Testamento, a partir da chave do amor de Cristo à sua esposa, a Igreja.

Nos primeiros séculos, não parece ter existido um rito especial para o matrimónio dos cristãos. O bispo de Antioquia, Santo Inácio, por volta do ano 110, diz que seria bom que se casassem com a aprovação do bispo, mas não fala de ritos. Seguindo os costumes dos judeus e de outras culturas, «casam-se como todos», como dizia Diogneto, a partir do consentimento mútuo e, progressivamente, de algum sinal de oficialidade perante a sociedade.

Desde o século IV, temos indícios de uma bênção do sacerdote, em nome da Igreja. Ao mesmo tempo, foram-se desenvolvendo uns ritos simbólicos, tomados de entre os mais expressivos da Bíblia e das diversas culturas: anéis, coroas, vestes, arras, beijos, véu, prendas, esponsais prévios, união das mãos, etc. Também se foram criando textos eucológicos para que o matrimónio tivesse um sentido mais explicitamente cristão e eclesial, até se formarem, a pouco e pouco, os rituais, diversos nos vários ritos ou famílias litúrgicas do Oriente e do Ocidente. Só a partir do Concílio de Trento (com o decreto Tametsi, em 1563), se considera necessária a bênção do sacerdote como condição de validade.

O Concílio Vaticano II (cf. SC 77-78) deu orientações para a revisão do Ritual do Matrimónio, pondo-o mais em relação com a Eucaristia e a Palavra de Deus, e convidando as Conferências Episcopais a que o adaptassem às próprias culturas.

Em 1969, apareceu o novo Ritual oficial latino (edição portuguesa de 1970). Em 1990, publicou-se em latim a segunda edição típica, e, em 1993, a edição remodelada em português. Na sua introdução geral, expõem-se os valores teológicos e litúrgicos do sacramento: «A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão total de vida, recebe a sua força e vigor da própria criação, mas para os cristãos é elevada a uma dignidade ainda mais alta, visto ser enumerada entre os Sacramentos da nova aliança» (n. 1). Assim, o amor entre o homem e a mulher, sinal magnífico do amor de Deus à humanidade e da entrega total de Cristo pela sua Esposa, a Igreja, celebram-no os cristãos como um dos sacramentos em que Deus comunica a sua vida e a sua salvação.
«No rito latino, a celebração do Matrimónio entre dois fiéis católicos tem lugar normalmente no decorrer da santa Missa, em virtude da ligação de todos os sacramentos com o Mistério Pascal de Cristo. Na Eucaristia realiza-se o memorial da Nova Aliança, pela qual Cristo se uniu para sempre à Igreja, sua esposa bem-amada, por quem se entregou» (CIC 1621).

Na celebração sacramental, os elementos mais característicos são, depois da escuta da Palavra de Deus, o diálogo de consentimento dos contraentes, que pede e recebe aquele que a ele assiste, e a oração em que se invoca a bênção de Deus sobre os esposos, concluindo com a comunhão eucarística.

O amor entre Deus e o seu povo é frequentemente comparado, na Sagrada Escritura, ao amor dos esposos. Jerusalém é a imagem de todo o povo de Deus, é a imagem antecipada da própria Igreja. Pelo amor que lhe tem, o Senhor fará dela sua esposa; será essa a glória de Jerusalém, da Igreja, a Esposa de Cristo. 

O milagre que Jesus fez nas Bodas de Caná pertence ainda ao ciclo da Epifania. De facto, por meio dele o Senhor Se manifestou. A transformação da água em vinho e o facto de tal ter acontecido num banquete de núpcias e ainda ao chamar-lhe, o Evangelho, um "sinal", leva-nos a perscrutar o mistério desta epifania ou manifestação do Senhor. Aquela não era ainda a hora de Jesus, que havia de chegar na hora da Cruz; mas aquele "sinal" apontava já para lá, para a hora das núpcias do Cordeiro, a hora do sacrifício que sela a Aliança, nova e definitiva, entre Deus e os homens, pelo Sangue de Jesus.  Também os noivos selam com uma aliança o seu matrimónio e dispõe-se a fazer sacrifícios juntos para cuidarem do seu amor, na alegria, na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias das suas vidas, em Cristo.

Quais os símbolos do matrimónio? (NOTA: o que a seguir se descreve não tem fundamentação litúrgica, mas apenas histórico-cultural.)

  • No início do cristianismo, não havia uma cor preferida para a cerimónia. Em Roma, era muito utilizada a cor laranja, por exemplo. Evitava-se a cor preta, por estar relacionada ao luto, e a vermelha, por ter relação com as prostitutas na época. Mas, por volta do século X, com os vistosos tecidos vindos do Oriente, as noivas passaram a vestir-se com cores fortes. Em 1840, com o casamento da rainha Vitória, da Inglaterra, o branco, ícone de pureza, voltou a dominar. A fotografia oficial da cerimónia espalhou-se de tal maneira, que acabou por se tornar moda nupcial, e alguns grupos religiosos começaram a dar-lhe o sentido de pureza ou virgindade. O vestido branco procura associar, ainda hoje, uma atmosfera de castidade e pureza à noiva.
  • A Aliança é um dos símbolos do matrimónio e  o único símbolo litúrgico dos 7 símbolos que aqui apresentamos, daí que será o que receberá mais a nossa atenção. As sagradas escrituras fazem menção á palavra "aliança" 285 vezes no Antigo Testamento e 30 vezes no Novo Testamento. As alianças matrimoniais são anéis que se colocam nos dedos, ora, são vários os simbolismos que se podem dar à imposição do anel: sujeição, pertença, firmeza, fidelidade. Por isso, utilizou-se sobretudo para expressar a atitude dos que contraem matrimónio: por exemplo, na cultura romana pré-cristã, para os esponsais. Também nos ritos cristãos orientais, há a bênção e imposição de anéis para a celebração do matrimónio. Ao longo dos séculos, não foi uniforme a interpretação deste sinal. Por exemplo, no Ritual do Matrimónio anterior ao atual (desde 1614) só se impunha o anel à noiva, não ao noivo. Poderia entende-se como se, só a ela, se lhe pedisse fidelidade, ou ainda pior, que ela «pertencia» ao marido. No atual Ritual do Matrimónio, como no rito hispânico antigo, tanto o noivo como a noiva impõem-se mutuamente o anel. Na tradução portuguesa, o ministro benze as alianças, dizendo: «O Senhor abençoe estas alianças que ides entregar um ao outro como sinal de amor e de fidelidade.» E, a seguir, os esposos impõem-se mutuamente a aliança, dizendo: «Recebe esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (RM 67.101.135. 167). O anel entre os esposos cristãos tem uma referência acrescentada ao amor nupcial e à aliança entre Cristo e a sua Igreja: não é estranho, portanto, que o anel nupcial se chame também «aliança». No próprio Ritual do Matrimónio (nn. 100-167) e no Cerimonial das Bênçãos (nn. 99.100.125.126) as várias fórmulas para benzer os anéis nupciais exprimem o mesmo simbolismo de amor e de fidelidade mútua. É muito antigo o uso simbólico do anel «pastoral» pelos bispos: na Península Ibérica, pelo menos, desde o século VII. Na ordenação de um Bispo, o ordenante principal, ao pôr-lhe o anel, no dedo anular da mão direita, diz-lhe: «Recebe este anel, sinal de fidelidade, sê fiel à Igreja e guarda-a como esposa santa de Deus.» (OBPD 51) O Cerimonial dos Bispos afirma-o mais explicitamente: «O anel, insígnia da fidelidade e da união nupcial com a Igreja, sua esposa (insigne fidei et coniunctionis nuptialis cum Ecclesia, sponsa sua), deve o Bispo usá-lo sempre» (CB 58). O mesmo acontece na bênção dos abades e abadessas: «Recebe este anel, sinal de fidelidade, para que, com fortaleza de espírito e com amor fraterno, guardes esta comunidade.». Também tem um belo sentido este simbolismo no caso da profissão das religiosas. Se se faz a entrega do anel, o celebrante dá-lho dizendo: «Recebe o anel como esposa do Rei eterno; mantém íntegra a fidelidade ao teu Esposo, para que mereças ser admitida nas núpcias do gozo eterno.» É uma fórmula semelhante é usada na Consagração das Virgens. Várias foram as alianças de Deus com o Homem: 
  1. A Aliança Edênica (Gn 1.28-30; 2.15-17); 
  2. A Aliança Adâmica (Gn 3.14-19); 
  3. A Aliança Noaica (Gn 8.20-9.17); 
  4. A Aliança Abraâmica (Gn 12.1-3; etc.); 
  5. A Aliança Mosaica (Êx 20-23; Dt); 
  6. A Aliança Davídica (2Sm 7.4-17); 
  7. A Aliança da Terra de Israel (Dt 30.1-10); 
  8. A Nova Aliança (Jr 31.31-37). 

Ao servirem-se dos anéis para afirmarem no altar a sua fidelidade um ao outro em Cristo, os noivos estão também a estabelecer a sua aliança com Deus. A sua forma circular da aliança, sem começo e fim, simboliza a continuidade do amor de um casal e a devoção ao longo da vida. Ou seja, significa um vínculo de amor eterno. Já o costume de usá-la no dedo anelar da mão esquerda vem de uma crença antiga, que acreditava que, dali, partia uma veia que ia direto ao coração (órgão humano que simboliza o amor). Fazer uma aliança com alguém é fazer um acordo, um pacto, uma união. Assim, o anel com nome de aliança é uma lembrança do pacto entre o marido e a esposa em Cristo. A aliança já era usada no tempo dos romanos e dos judeus como sinal de contrato. É interessante mencionar que o homem entregava a aliança à esposa não como um enfeite, mas como um selo, já que, com ela, selavam as arcas e gavetas que continham as despensas e provisões e, assim, evitava-se que os escravos as roubassem. O cristianismo transformou a aliança em sinal de fidelidade. No século I, ela era feita de ferro, mas a partir do século II, já começou a ser feita em ouro.

  • Em árabe, o véu significa "o que separa duas coisas". Assim sendo, podemos fazer uma alusão de que o véu separa a mulher de uma vida de solteira para a de casada. Com origem pagã, o véu era também uma referência á deusa da honestidade, Vesta, que na mitologia greco-romana era protetora do lar. Na idade média o véu era usado como peça do vestuário feminino e era sinônimo de nobreza. Apenas as mulheres casadas pertencentes à elite poderiam usar o acessório, que tinha a função de proteger os cabelos e a pele do sol.  Como para as mulheres era regra entrar na igreja com a cabeça coberta, o véu da noiva cobria sua cabeça, mas também o rosto. Em alguns rituais, a noiva está velada até ao momento em que o esposo descobre seu rosto, como sinal de que somente ele tem o direito de conhecer a intimidade da sua mulher. A grinalda, por sua vez, faz com que a noiva se pareça uma rainha, diferenciando-a dos convidados.
  • O ramo é o arranjo de flores usado pela noiva no dia do casamento. A ideia principal ramo é simbolizar a vida, uma vez que as flores são as reprodutoras das plantas, ou seja, indicam fertilidade. Na tradição européia, durante a idade média, era comum as mulheres receberem flores e ervas aromáticas na caminhada até o altar. Este costume era uma forma dos convidados desejarem boa sorte e espantar os maus espíritos da união do casal, para que fossem felizes.
  • As damas de onor são uma das tradições de casamento que remontam ao tempo dos romanos. Elas protegiam a noiva, vestindo-se de forma semelhante a ela, enganando assim os maus espíritos que poderiam atrapalhar o casamento. Hoje, a dama de onor é um título atribuído ás meninas que auxiliam a noiva durante uma cerimónia tradicional de casamento.
  • A chuva de arroz é uma das tradições de casamento mais antigas. Quando os noivos saem da igreja, os convidados atiram-lhes arroz. Esta é uma tradição dos antigos hindus e chineses, culturas em que o arroz simboliza frutificação e prosperidade. A chuva de arroz é uma oferta de fertilidade e fartura à nova família que se forma.
  • A libertação dos pombos em que normalmente são usados pombos brancos, símbolos de paz. Mas porquê pombos? Porque os pombos são aves monogâmicas.
  • Uma das tradições de casamento do período vitoriano que posteriormente migrou para os Estados Unidos e se propagou pelo o resto do mundo e a tradição da noiva levar para o seu casamento algo novo, algo velho e algo azul. O item velho pode ser qualquer peça da mãe da noiva ou da avó, uma joia de família, um anel de curso, entre outros. Normalmente, deve ser algo que já pertença ao universo da noiva. Isso significa tradição, que é indispensável para manter os aspectos familiares. Com esse objeto a noiva presta homenagem a heranças familiares, ou seja, passa a ideia de que nós dependemos uns dos outros e não vivemos isoladamente. Ora, em algum momento das suas vidas, os noivos vão precisar de uma pessoa da família ou de um amigo. Já o item novo representa a esperança, um novo momento do tempo que aí vem, como uma forma de ver a união com otimismo. Normalmente, esta coisa nova é o próprio vestido, mas também pode vir com acessórios. Já o azul é a cor que mais tem associações positivas. É a cor do infinito celeste e da profundidade do mar. É uma cor que nos acalenta e tranquiliza, e que está muito ligada à espiritualidade.

Vale a pena esclarecer que á excepção das alianças, nenhum dos restantes símbolos é obrigatório, nem a sua ausência invalida o matrimónio, já que este se cumpre quando é realizado de maneira livre, voluntária, sem impedimentos e quando os contraentes fazem as suas promessas ou votos diante do altar.

Exéquias / Funeral

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Contextualização do Ritual das Exéquias:

Os vulgarmente designados funerais, têm uma designação mais correta a que apelidamos de exéquias. Do latim, ex-sequi, ex-sequiæ (seguir, acompanhar), as exéquias são a série de ritos e orações com que a comunidade cristã acompanha os seus defuntos e os encomenda à bondade de Deus.
Em todos os povos e culturas se cuidou sempre, com ritos variados e expressivos, do acompanhamento dos que falecem, e, depois, da sua recordação e veneração. Os cristãos, ao princípio, imitaram os usos dos judeus e dos vários povos. A primeira notícia temo-la à volta do protomártir Estêvão: «homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram por ele grandes lamentações» (Act 8,2). Mas a novidade era a esperança pascal, desde que Jesus Cristo iluminou o mistério da morte com a sua própria experiência: «não vos contristeis como os outros, que não têm esperança. Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido» (1Ts 4,13-14). 

Na Idade Média, sublinhou-se, no conjunto das exéquias, o aspecto mais lúgubre e trágico, com cânticos como o Dies iræ ou o Libera me, pondo ênfase ao mesmo tempo na intercessão pelos defuntos. O Concílio Vaticano II determinou, explicitamente que: «O rito das exéquias exprima mais claramente o sentido pascal da morte cristã e corresponda melhor, também na cor litúrgica, às condições e às tradições de cada região» (SC 81).

No seu amor intuitivo, João é o primeiro a compreender os sinais da Ressurreição. Mas bem depressa Pedro, que, não por acaso mas intencionalmente, ocupa o primeiro lugar e aparece-nos como Chefe do Colégio Apostólico, descobre a verdade, anunciada tão claramente pela Escritura e pelo mesmo Jesus. Depois, em contacto pessoal com o Ressuscitado, a sua fé tornar-se-á firme como «rocha» inabalável.

Pelo seu Batismo, o cristão morreu para o pecado e ressuscitou com Cristo para uma vida nova. Desde esse momento, recebeu a missão de, à semelhança de Cristo, conduzir os homens e todas as coisas para o Pai. Inserido nas realidades divinas, não pode alhear-se do mundo, nem ficar indiferente aos esforços dos homens relativamente à construção dum mundo de felicidade, justiça e paz. Inserido nas realidades da terra, não pode encerrar-se no mundo, trabalhando só para fins terrenos, esquecido do destino final do homem e do mundo. Feito nova criatura pela Ressurreição de Cristo, o cristão viverá a vida de cada dia, sem perder de vista o fim superior, para que foi criado.


Para significar o começo de uma nova existência, que teve lugar com a libertação do Egipto, os judeus celebravam a Páscoa com pão sem fermento, pois deitavam para fora de casa o fermento antigo. Com Cristo Ressuscitado, começou para o Povo de Deus uma vida nova. Por isso, o cristão, deitando fora o fermento antigo (o pecado e a mentira), deve ser pão «ázimo», liberto de todo o mal, de tal modo que nele transpareça sempre a presença do Espírito. Pedro e João, juntamente com Madalena, são as primeiras testemunhas do túmulo vazio, naquela manhã de Páscoa. Não foi, porém, muito facilmente que eles chegaram à conclusão de que Jesus estava vivo. A sua fé será progressiva, caminhará entre incredulidade e dúvidas. Só perante as ligaduras e o lençol, cuidadosamente dobrados, o que excluía a hipótese de roubo, se lhes começam a abrir os olhos para a realidade. Diante de pagãos, em casa do centurião Cornélio, Pedro anuncia o que já lhes havia chegado aos ouvidos: Cristo ressuscitou! E, completando aquela «boa notícia», garantindo, com o seu testemunho pessoal, a verdade dos acontecimentos daqueles dias, o Apóstolo explica-lhes o que eles querem dizer: - Jesus de Nazaré, homem que viveu como eles e com Quem Pedro convivera, não é um simples homem. Ungido do Espírito de Deus, tem a plenitude de Deus em Si. Ele é o Messias, o Filho de Deus, como o demonstrou pelos milagres por ele mesmo presenciados e, sobretudo pelo milagre definitivo - a Ressurreição. Pela Ressurreição, de que Pedro é testemunha, Jesus de Nazaré é o Juiz dos vivos e dos mortos, é o Salvador de todos os homens, judeus ou pagãos. A pedagogia catequística de Lucas, ao descrever o encontro de Cristo com os discípulos de Emaús, mostra-nos bem qual é o caminho, que leva o cristão a um verdadeiro encontro com Jesus. Na verdade, foi através da Sagrada Escritura que o conhecimento dos discípulos acerca de Jesus se aprofundou e se lhes revelou, claramente, o sentido da Sua missão. Foi, porém, na Eucaristia que O encontraram: Aquele que julgavam perdido para sempre, está vivo e permanece com eles na Eucaristia. A Escritura e a Eucaristia, como o ensinou o Concílio Vaticano II, são os dois modos pelos quais nos alimentamos do «Pão da Vida» (DV 21).


Nas exéquias celebramos o mistério pascal de Cristo a Igreja pede que os seus filhos, incorporados pelo Batismo em Cristo morto e ressuscitado, com Ele passem da morte à vida e, devidamente purificados na alma, sejam associados aos santos e eleitos no Céu, enquanto o corpo aguarda a bem-aventuada esperança da vinda de Cristo e a ressurreição dos mortos. Por isso, a Igreja oferece pelos defuntos o Sacrifício Eucarístico, memorial da Páscoa de Cristo, eleva orações e faz sufrágios por eles, para que, pela comunhão de todos os membros de Cristo, todos aproveitem os frutos da liturgia: auxílio espiritual para os defuntos, consolação e esperança para os que choram a morte.


No ano de 1969, promulgou-se o novo Ordo Exsequiarum (edição em português de 1970, com segunda edição oficial em 1984). A forma primeira, a típica, contém três «estações»: em casa do defunto, na igreja e no cemitério, com as procissões ou trasladações intermédias (da casa para a igreja e da igreja para o cemitério). A segunda forma, a mais comum atualmente, considera só duas «estações»: na casa mortuária e na igreja, realizando-se a despedida na própria igreja. E a terceira forma é quando se celebra tudo na igreja, pela dificuldade das trasladações processionais, da casa para a igreja ou desta para o cemitério. Então, faz-se um acolhimento breve no átrio da igreja e, aí mesmo, a despedida, no final da celebração. 

Os momentos mais relevantes da celebração de exéquias são:

  • Procissão para a igreja, em que o corpo é transportado da casa mortuária para a igreja. A trasladação do defunto para a igreja se faz em procissão, organiza-se o cortejo segundo os costumes locais; à frente irá um ministro com a cruz; o sacerdote precederá imediatamente o féretro. Durante o percurso da procissão, podem-se cantar ou recitar os salmos ou outros cânticos apropriados, ou recitar orações tradicionais.
  • A Liturgia da Palavra, na qual pode haver 3 leituras, que normalmente incidem, por exemplo: sobre a ressurreição, sobre a o julgamento de Deus sobre os vivos e os mortos, sobre a salvação por meio do Sangue de Cristo, sobre alegria que é receber a recompensa celeste, etc.. Depois do Evangelho é normal haver uma breve homilia. A seguir à homilia, faz-se, a oração universal.
  • A Comunhão, na qual se recomenda que os fiéis, especialmente os familiares do defunto, participem pela sagrada Comunhão no Sacrifício eucarístico oferecido pelo defunto.  
  • A Última encomendação e Despedida, realizado depois da comunhão, no fim da missa, ou então depois da liturgia da palavra, caso se trate de um funeral sem missa. Aí o sacerdote faz uma admonição e, usando água benta (e incenso) asperge (e incensa) o corpo.
  • A Procissão da igreja para a sepultura, durante a qual o corpo do defunto é levado para a sepultura, normalmente ao som de salmos e cânticos apropriados ou recitam-se orações tradicionais.

  • O Ato da sepultura, em que se procede ao enterro segundo os costumes locais.
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